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1. O Desenvolvimento Embrionário nos Anfíbios


No anfíbios podemos distinguir três ordens:
- Anura (Ex: Sapos)
- Urodela (Ex: Salamandras)
- Apoda (Ex: Cobras-cegas)

Irei especificar a embriogénese nos anuros:


Fig. 1 - Ciclo de vida de um sapo (http://www.mun.ca/biology/desmid/brian/BIOL3530/DB_Ch02/DBNModel.html)

Características principais:
- Ovo heterolécito;
- O pólo com pouco vitelo designa-se por Pólo Animal e o pólo com muito vitelo designa-se por Pólo Vegetal;
- O ovo é delimitado por uma membrana protectora designada por membrana vitelina;
- A penetração do espermatozóide determina a região ventral;

Logo após a fecundação dão-se três acontecimentos muito importantes:
1) a membrana vitelina destaca-se;
2) rotação de equilíbrio - o ovo orienta-se da forma: pólo animal em cima, pólo vegetal em baixo;
3) rotação de simetria - rotação de 30° da parte mais pigmentada para a zona de entrada do espermatozóide (zona ventral), a zona menos pigmentada é a zona dorsal.

Na segmentação formam-se pequenas células - micrômeros - no pólo animal e células maiores - macrômeros - no pólo vegetal. As células do pólo animal darão a ectoderme, as células da parte central a mesoderme e as células do pólo vegetal a endoderme.

Fig. 2 - Ovo heterolécito nos anfíbios

A segmentação nos anfíbios inicia-se 2 a 3h após a fecundação. Inclui a formação da mórula e as suas dezenas de blastômeros e seguidamente a formação da blástula. A blástula possui uma cavidade designada por blastocele.
Fig. 3 - Blástula (Gilbert, 5ed)

No vídeo seguinte é possível observar a formação da mórula num embrião de sapo:



Gastrulação inicia-se 10-15h após a fecundação. A partir da blástula, inicia-se a formação dos três folhetos embrionários.
1º) Embolia do lábio dorsal do blastoporo;
2º) Epibolia da camada exterior e ligeira rotação da blástula;
3º) O arquêntero começa a aparecer à medida que a embolia do lábio dorsal do blastoporo continua;
4º) O blastocele começa a desaparecer;
5º) Embolia do lábio ventral do blastoporo e desaparecimento do blastocele;
6º) Formação do tampo do vitelo;
7º) Rotação de 90º do ovo completo e determinação dos eixos antero-posterior e dorso-ventral.

Fig. 4 - Gastrulação de um anfíbio (Gilbert, 5ed)

A única diferença entre a gastrulação de um anuro e um urodelo é no tecto do arquêntero: nos sapos o tecto do arquêntero possui mesoderme e endoderme e nas salamandras o tecto do arquêntero possui apenas mesoderme. 

No eixo antero-posterior, a região anterior define a cabeça e a região posterior define a cauda.

Na Neurulação dá-se a formação de uma placa neural na região dorsal que dará o tubo neural. 
Na imagem seguinte pode-se ver o desenvolvimento da neurulação consoante três vistas: secção sagital, transversal e vista da superfície.

Fig. 5 - Neurulação de um anfíbio (Gilbert, 5ed)


Na imagem anterior não é possível ver, mas durante a neurulação há também diferenciação da mesoderme somática em somitos e celoma. O celoma é uma cavidade que está rodeada externamente por uma camada designada por somatopleura e internamente por outra camada denominada esplancnopleura. 
Fig. 6 - Formação do celoma e da placa neural (Gilbert, 5ed)

No final da neurulação podemos observar:

Fig. 7 - Neurula (Gilbert, 5ed)

No vídeo seguinte podemos observar a gastrulação e nerurulação através de uma vista dorsal de um embrião do anfíbio Xenopus laevis:


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