Vectores de Clonagem
Os vectores de clonagem, tal como o nome indica, são materiais biológicos utilizados na clonagem de DNA.
Existem diversos vectores de clonagem:
- Plasmídeos – provém de bactérias
- Fago - provém de bactérias
- Cosmídeos - provém de bactérias
- BAC - provém de bactérias
- YAC - provém de leveduras
1) Plasmídeos
Os plasmídeos são moléculas circulares de DNA em cadeia dupla, provenientes de bactérias, e que se reproduzem independentemente do DNA cromossómico.
Possuem 3 sítios essenciais:
- Uma origem de replicação (designada ori nas bactérias) – essencial para a sua replicação e transmissão para a descendência;
- Uma marca genética de selecção – características únicas que os permitam identificar facilmente e seleccionar, ou seja, como é usado maioritariamente, genes de resistência a antibióticos;
- Um sítio de clonagem múltipla (MCS) – um sítio que contenha as sequências reconhecidas pelas enzimas de restrição. Normalmente um sítio para cada enzima, para que esta possa “abrir” o plasmídeo e ser aí colocado o insert. Este sítio não é no entanto obrigatório.
Fig.1 – Plasmídeo com e sem insert
Vantagens dos plasmídeos como vectores de clonagem:
- podem ser introduzidos facilmente em bactérias: transformação
- podem ser facilmente purificados e selecionados
- existem em grande número de cópias em cada bactéria
Exemplo de um plasmídeo e o correspondente sítio de múltipla clonagem:
Método de clonagem:
Fig.2 – Plasmídeo pBluescript SK- e respectivo MCS
Método de clonagem:
Os fagos são vírus que infectam bactérias e por isso designados por bacteriófagos e têm uma estrutura especialmente peculiar. Possuem uma cabeça, na qual está inserida o DNA, e uma cauda que fecha essa cabeça. São por isso utilizados em clonagem de DNA.
Após injectarem a bactéria podem seguir dois ciclos:
- Ciclo lítico – após inserção do DNA na bactéria há produção de proteínas virais e multiplicação do DNA viral. Estas proteínas vão formar novos bacteriófagos e estes vão provocar a lise da célula para se libertarem.
- Ciclo lisogénico – O DNA viral após entrar na bactéria insere-se no DNA bacterial e a bactéria vai-se reproduzir e passar este DNA viral para a descendência.
Os cosmídeos são o resultado de uma hibridação entre plasmídeos e fagos (fago λ). Dos plasmídeos têm a sua origem de replicação e uma marca genética de selecção e do fago λ obtiveram as suas extremidades COS.
Fig.6 – Exemplo de um cosmídeo
4) BACs e YACs (Yeast artificial chromossome)
O vector de clonagem YAC, tal como o nome indica é conhecido por ser um cromossoma artificial pois possui sequências centroméricas e teloméricas.
É usado para replicar enormes fragmentos de DNA (100 a 2000kb) mas, à diferença de todos os outros vectores, o hospedeiro usado para clonagem é uma levedura, mais usualmente a Sacharomyces cerevisae.
O BAC procede da mesma maneira de o vector YAC, mas difere no hospedeiro de clonagem, que é uma bactéria.
Fig.7 – Exemplo de um vector YAC
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